sábado, 16 de maio de 2015
Michelle Rodriguez
Linda, doce, gentil e carinhosa. Todo cara quer uma garota assim. Mas se você está pensando em Michelle Rodriguez, fique só com o “linda”, porque a moça está aí pra mostrar que não é de brincadeira. Com ela, não tem muita conversa. Deu mole, a moça bota você pra correr. Vai encarar?
Mayte Michelle Rodriguez nasceu em San Antonio, no dia 12 de julho de 1978. Seu pai é porto-riquenho e sua mãe nasceu na República Dominicana, ou seja, mais sangue latino, impossível. Morou com a mãe na República Dominicana, quando tinha oito anos de idade e aos 11, vivia em Porto Rico. Mais tarde, se mudou para Nova Jersey.
Desde cedo, se interessava pela atuação, e fez pequenas participações em alguns filmes sem muita expressão. Quando leu um anúncio, em que procuravam uma atriz para viver uma boxeadora no filme “Boa de Briga”, partiu para o teste e não deu outra, conseguiu o papel entre mais de 350 candidatas. Esta foi a primeira atuação de destaque de Michelle no cinema, interpretando a boxeadora Diana Guzman.
A dedicação de Michelle aos treinamentos para viver bem o papel, assim como os diversos prêmios conquistados pela produção independente, fizeram com que produtores voltassem seus olhos para a esforçada, mas inexperiente, jovem atriz. Além do trabalho e do desempenho em tela, recebeu por este papel o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Deauville e o de “Revelação Feminina” pela “Las Vegas Film Critics Society for Performance”. Nada mau para uma estreante.
Não demorou muito para que Michelle Rodriguez tomasse parte dos elencos de produções maiores, como “Velozes e Furiosos”, de 2000, ao lado de Paul Walker e Vin Diesel, “Resident Evil – O hóspede maldito”, com Mila Jovovich, e em “3:00 AM”. Seu papel em “Velozes” foi reprisado no curta-metragem “Los Bandoleros”, escrito e dirigido por Vin Diesel, contido nos extras do DVD e Blu-Ray do filme.
Nos anos que se seguiram, Michelle atuou em mais filmes, sobretudo, produções de ação e aventura, como “S.W.A.T. – Comando Especial”, “Bloodrayne”, “Control” e “Cães Assassinos”. Um detalhe interessante é que devido à sua boa forma e “cara de poucos amigos”, a atriz sempre é escolhida para papeis de mulheres duronas e boas de briga, sem qualquer trocadilho com seu primeiro filme. Ela se tornou sinônimo da expressão “Bikini Girls With Machine Guns” (Garotas de biquíni com armas), usada para caracterizar personagens fortes no cinema e quadrinhos.
Este rótulo acompanha a atriz na maioria de seus filmes, e ela parece não se importar com isso, valorizando da mesma forma cada personagem que interpreta. Ao longo de sua carreira, as garotas duronas têm feito parte de sua história, à exceção do filme “A onda dos sonhos”, de 2002, em que vive uma surfista amiga da protagonista. Deve ser o papel “mais feminino” de Michelle. Neste filme ela não mata, nem espanca ninguém, mas mostra sua boa forma em radicais cenas de surfe.
Continuando sua trajetória de tiros e socos nas telas, ela participou de produções muito comentadas nos últimos anos, como o grande sucesso “Avatar”, “Invasão do mundo – Batalha de Los Angeles” e “Machete”. No filme de Robert Rodriguez, ela leva ao máximo a ideia da garota mal-encarada com uma arma na mão, ao fazer o papel da guerrilheira “She”, disfarçada de vendedora de tacos Luz. Se alguém tinha alguma dúvida sobre sua agressividade nas telas, a bela com tapa-olho mostra a que veio.
Além disso, a atriz retornou em “Velozes e Furiosos 4 e 5” e na quinta parte da saga “Resident Evil”, chamada “Retribuição”. Sua participação em “Machete Kills” também já foi confirmada.
Não só de grandes produções e papeis de ação vive Michelle Rodriguez. Ela também atuou em “A batalha de Seattle” e “Gardensof Night”, dois filmes dramáticos.
Michelle Rodriguez também emprestou sua voz em games como “Halo 4”, “True Crime: Streets of LA” e “Driv3r”, além da animação “A Cat’s Tale”. Também é de destaque sua participação na série “Lost”, no papel de Ana Lucia Cortez”, em 25 episódios entre a terceira e a sexta temporadas da atração.
Mas a atriz não se destaca apenas pelos papeis que representa nas telas. Seu lado selvagem e seu sangue quente parece que transpassam os limites da ficção em algumas vezes. Em 2005 ela foi condenada por estar dirigindo embriagada e deveria cumprir um regime de liberdade condicional. Por burlar a decisão judicial, não cumprindo seis horas de trabalho comunitário, em dezembro de 2007, foi novamente detida, mas libertada após cumprir parte da pena (18 dias) e ter apresentado bom comportamento. Parece que a gata selvagem teve que aparar suas garras.
Outro momento marcante na vida pessoal de Michelle Rodriguez foi quando ela declarou à revista “Curves” ser homossexual. A publicação é uma das mais lidas pela comunidade lésbica norte-americana. O fato é de destaque porque durante anos, Michelle não comentava sobre sua sexualidade, mas os boatos eram constantes, sobretudo, porque ela era sempre vista ao lado de mulheres em clubes e baladas. Foi cogitado até um namoro com a também atriz Kristana Loken, com quem contracenou em “BloodRayne”. Nunca houve uma confirmação por parte das suas atrizes.
Pessoalmente, eu penso que foi a melhor decisão de Michelle Rodriguez, afinal, os comentários maldosos e as piadas que sofre, sobretudo, pela imagem que passa na tela de mulher “mais forte do que muitos homens” tendem por terminarem a partir do momento em que ela está bem consigo mesma. Sou fã da atriz e curto suas aventuras e o fato de que ela é homossexual ou heterossexual, em nada diminui seu talento na atuação. Pode não ser a atriz mais brilhante do cinema, mas é uma das poucas que encara os desafios. Literalmente.
Uma de suas favoritas é: “Você pode continuar me batendo para sempre, mas eu vou continuar a me levantar”. Mais direta impossível. Afinal de contas, trata-se de uma garota que considera como a parte mais importante do seu corpo, o cérebro.
Então, vai encarar?
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