segunda-feira, 25 de maio de 2015

Chandelly Braz





Atores que são cria do teatro podem ter dificuldades com a velocidade da televisão. Foi o caso de Chandelly Braz, intérprete da periguete Brunessa, de “Cheias de Charme”. Acostumada aos palcos desde os 19 anos, a atriz ainda fica um pouco desorientada na presença das câmaras. “Peço para o Jayminho me ajudar. Ele é mais safo”, disse ela, referindo-se à Jayme Matarazzo, que vive Rodinei, um “caso” de Brunessa.

Mas, para Chandelly, a televisão também tem suas vantagens. “Tem um frescor. Todo dia você faz uma cena diferente. É legal o personagem viver uma coisa nova a cada dia.” A carreira televisiva da atriz começou quando ela atuou em “Clandestinos”. Chandelly cursava o primeiro período de Artes Cênicas na Universidade Federal de Pernambuco quando soube dos testes para a peça de João Falcão, que virou série na Globo.

Depois de “Clandestinos”, a morena foi chamada para o teste de “Cheias de Charme”. “Fiz dois testes. O primeiro não foi para uma personagem específica, foi só para me conhecerem mesmo. O segundo já foi para a Brunessa”, afirmou. Na trama de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, a atriz interpreta uma garota que se relaciona com rapazes ricos para comprar roupas de grife. “Ela quer sempre estar bem vestida e ser o centro das atenções”, frisa. Para viver Brunessa, Chandelly frequentou o baile funk do Castelo das Pedras, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e teve aulas com o coreógrafo Fly, contratado da Globo. Ela também precisou deixar o cabelo crescer e começou a malhar. “Eles não me queriam muito magrinha. Queriam que eu ficasse encorpada”, afirmou.

Já o sotaque carioca foi opção da própria atriz. Chandelly preferiu não emprestar o sotaque do Recife para a personagem. “Ela é da comunidade, queria fazer esse estereótipo bem carioca, experimentar.”

Bate-papo
Nome: Chandelly Paloma Pimentel Braz.
Nascimento: Em 3 de Janeiro de 1985, em São Domingos do Prata, Minas Gerais.
Primeiro trabalho na televisão: “‘Cruzamentos Urbanos’, na TV Jornal, emissora local do Recife”.
Atuação inesquecível: Marion Cordillard em “Piaf”, do diretor Olivier Dahan.
Cena marcante: “A cena final da peça ‘Contos do Tennessee’, que eu fiz na Casa de Artes de Laranjeiras. Era uma peça adaptada de um texto do Tennessee Williams”.
Ao que gosta de assistir: “Cheias de Charme”, “Avenida Brasil” e filmes.
Ao que nunca assistiria: “Programas sensacionalistas, que mostram ‘barraco’”.
O que falta na televisão: “Programas de qualidade com os quais as pessoas se identifiquem”.
O que sobra na televisão: “Tem muita coisa repetida, muito besteirol”.
Ator favorito: Wagner Moura e Javier Barden.
Atriz favorita: Fernanda Montenegro.
Com quem gostaria de contracenar: Wagner Moura e Selton Mello.
Humorista: Tatá Werneck.
Novela preferida: “Top Model”, de 1989.
Novela que gostaria que fosse reprisada: “Tieta”, de Aguinaldo Silva.
Vilão marcante: Nazaré Tedesco, de “Senhora do Destino”.
Filme: “Closer”, de Mike Nichols.
Livro: “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago.
Diretor: João Falcão.
Mania: Roer as unhas.
Um vexame: “Beijei de verdade um ator que contracenava comigo na peça ‘Clandestinos’. Não sabia o que era beijo técnico”.
Par romântico: Rachel McAdams e Ryan Gosling em “Diário de Uma Paixão”.
Com quem gostaria de fazer par romântico: Ryan Gosling.
Projeto: “Estou em cartaz com ‘Desconhecidos’, a primeira peça da minha companhia, no Teatro Glaucio Gil, em Copacabana, no Rio”.
Bordão: “Tô certo ou tô errado?”, do Sinhozinho Malta, personagem de Lima Duarte em “Roque Santeiro”.
Programa de humor: “Comédia MTV”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário