O eterno Agente Especial Fox Mulder para alguns, ou o eterno Hank Moody para outros, David Duchovny reclama da idade, mas mostra fôlego para o trabalho, e enquanto produz e protagoniza Aquarius (nova série da Fox), negocia seu retorno para uma nova temporada de Arquivo X, e se mostra disposto e a fim de um retorno a Twin Peaks. Sem tanto sucesso no cinema, Duchovny se mostra como um dos nomes mais fortes e bem sucedidos quando o assunto é TV.
David William Duchovny nasceu em 7 de agosto de 1960, em Nova Iorque, NY. Filho do escritor judeu Amram Duchovny, desde cedo, inspirado pelo pai, demonstrou grande apreço pela escrita e pelo estudo, após se formar no colegial, David foi aceito nas Universidades de Harvard, Princeton e Yale, a de Princeton foi a escolhida, e David se formou em Literatura Inglesa em 1982, área em que também obteve o mestrado pouco tempo depois pela Universidade de Yale e chegou a iniciar um doutorado anos mais tarde.
Apesar de sua formação e histórico familiar, não foi na literatura que Duchovny construiu sua carreira. Em 1987, foi convidado por um amigo a participar de audições para um comercial de cerveja, e para sua surpresa foi escolhido, o alto cachê para o comercial despertou o seu interesse pela área e o fez se mudar para Los Angeles para tentar a carreira de ator, onde teve relativo sucesso em campanhas publicitárias, até quem em 1988 conseguiu seu primeiro papel em um longa metragem, no filme Uma Secretária do Futuro com Harrison Ford, aí então se seguiram algumas pequenas participações, pequenas, mas suficientes para chamar a atenção de executivos da rede de televisão ABC, o que resultou em um convite para interpretar o detetive travesti Denise Bryson em Twin Peaks, série do cultuado diretor David Lynch.
A partir daí uma coisa puxou a outra e Duchovny foi escolhido para estrelar, ao lado de Gillian Anderson, Arquivo X, onde deu vida ao maior personagem de sua carreira, o Agente Especial Fox Mulder. Com o enorme sucesso da série, que dispensa apresentações, o ator se consagrou sendo indicado três vezes ao Emmy de melhor ator em série dramática, e também três vezes ao Globo de ouro na mesma categoria, premio que venceu em 1997.
Durante a sexta temporada de Arquivo X, Duchovny estreia na direção com o episódio O Anti-natural, escrito e dirigido por ele. O episódio obteve críticas positivas do público e dos críticos, funções estas que ele voltou a exercer no episódio Hollywood D.C. da 7ª temporada, que contou com a participação de Téa Leoni, sua esposa.
David Duchovny se casou com Téa Leoni em maio de 1997 e em julho de 1999, tiveram sua primeira filha, Madelaine West Duchovny, e então as mudanças na vida pessoal começam a interferir em sua vida profissional. Após a quinta temporada, Duchovny pressionou os executivos da Fox para que a série passasse a ser gravada em Los Angeles (anteriormente a série era gravada em Vancouver no Canadá, devido a incentivos fiscais) para não passar grande parte do ano longe da família, embora Chris Carter (criador da série) tenha dito que o objetivo sempre foi gravar em Los Angeles, a relação entre o ator e os executivos, não foi mais a mesma, e após duas temporadas Duchovny se afastou da série, tendo apenas pequenas participações e retornando para o último episódio na 9ª temporada, anos mais tarde Duchovny chegou a mover um processo contra a Fox por questões financeiras.
Após Arquivo X, David se dedicou ao cinema, entretanto não alcançando o mesmo sucesso da TV. Mas sempre esteve em atividade o ator participou de filmes como Evolução, Zoolander, Arquivo X: Eu quero acreditar (segundo filme da série) e Feitiço do Coração, com destaque para Reflexos da Amizade, estrelado por Robin Williams, que dirigiu, escreveu e atuou.
Ao longo de sua carreira, Duchovny, chamou atenção com algumas participações em séries de comédia, tendo ganhado um Emmy por sua participação em The Larry Sanders Show, uma indicação por Life With Bonnie, o que deixou as portas abertas para uma nova empreitada. Em 2006, foi convidado a estrelar a série de comédia Californication, em que interpretou Hank Moody, um escritor mulherengo que atravessa um bloqueio criativo e tenta acertar seu relacionamento com sua ex-mulher e sua filha adolescente, o fato do personagem manter relações sexuais com inúmeras mulheres no decorrer da série se tornou uma ironia, pois em 2008, Duchovny anunciou que estava se internando em uma clínica para tratar problemas com compulsão sexual. A série estreou em 2007 e foi muito bem recebida pela crítica e pelo público, tendo durado sete temporadas. Lhe rendeu seu segundo Globo de Ouro, desta vez na categoria de Melhor Ator em Série de Comédia ou Musical, categoria esta em que foi nomeado três vezes.
Nas últimas semanas o ator ganhou destaque na mídia devido as recentes declarações sobre o retorno de Arquivo X. Ele declarou que esta “mais do que feliz e empolgado em trazer o programa de volta e fazê-lo novamente com Gillian [Anderson] e Chris [Carter]“. E completou que a reunião “deve acontecer mais cedo que mais tarde. Veremos a forma, quantos episódios. Certamente eu não posso e nem estaria interessado em fazer uma temporada completa. Será algum tipo de minissérie. Estamos todos velhos, não temos a energia para uma temporada completa“.
Enquanto Arquivo X não volta, poderemos ver o ator em ação na nova série da NBC, Aquarius, em que dará vida a um agente do FBI que caça o serial killer Charles Manson durante os anos 60.
Obs: Vale a pena conferir o FGcast #33 sobre Arquivo X, e ficar a par de tudo sobre esta, que é uma das melhores séries de todos os tempos, e a excelente participação de David Duchovny e Gillian Anderson em The Springfield Files, 10º episodio da 8ª temporada de Os Simpsons.
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