Mesmo em tempo de vasta produção, o cinema brasileiro nunca teve o mesmo espaço nas salas e na rotina dos espectadores do que as produções estrangeiras, sobretudo, as norte-americanas, donas da maior fatia do mercado. Mesmo assim, nossa produção se caracteriza como de bastante qualidade, com bons roteiros, diretores competentes, e principalmente, grandes atores interpretando os mais variados papeis.
Mesmo assim, a produção cinematográfica nacional não consegue competir com o maior veículo de dramaturgia em nosso país, a televisão. É comum ver nos filmes, rostos mais que familiares das novelas e minisséries de televisão, sobretudo, da emissora mais conceituada e que tem a maior quantidade de astros, a Rede Globo de Televisão.
Um dos nomes mais conhecidos de nossa dramaturgia é Cláudia Abreu Fonseca, ou simplesmente, Cláudia Abreu, atriz completa e que transita com o mesmo talento e competência tanto em papeis cômicos, quanto em interpretações dramáticas. A televisão é o veículo em que mais a atriz atuou, mas o cinema tem algumas importantes e marcantes experiências da atriz.
Nascida no Rio de Janeiro em 12 de outubro de 1970, ou seja, completando 42 anos no dia de hoje, Cláudia Abreu é uma das atrizes mais requisitadas pela televisão, teatro e cinema na atualidade. Com quase trinta anos de carreira, é considerada um fenômeno da interpretação, tendo em seu currículo personagens inesquecíveis, como a Princesa Juliette em “Que rei sou eu?”, Clara em “Barriga de Aluguel” e Heloísa em “Anos rebeldes”, este último, considerado por muitos como seu melhor papel até hoje.
Como muitas das grandes atrizes brasileiras, Cláudia teve sua iniciação na famosa e tradicional escola de teatro “Tablado”, criada pela grande escritora e teatróloga Maria Clara Machado. O tio de Cláudia, Ovídio, atuava em algumas produções da companhia e incentivou a sobrinha e seus irmãos a seguirem os passos rumo ao palco. Apenas Cláudia demonstrou interesse pela atuação, participando de testes para comerciais e alguns trabalhos em teatro infantil, após concluir o curso.
Após algumas experiências teatrais, aos 16 anos, ingressou no elenco da novela “Hipertensão”, de 1986, na Rede Globo, no papel de Luiza, personagem que morreria no centésimo capítulo da trama. Após isso, participou de várias novelas da emissora, como “O outro”, “Que rei sou eu?”, “Barriga de aluguel”, “Celebridade”, “Fera radical”, “Pátria minha”, “Força de um desejo”, “Três irmãs”, “ Belíssima” e mais recentemente, “Cheias de Charme”.
Entre uma novela e outra, participou de vários seriados e minisséries de sucesso como “A vida como ela é”, “A comédia da vida privada”, “Dicas de um sedutor”, “Casseta e Planeta Urgente”, “O quinto dos infernos” e a aclamada “Anos Rebeldes”.
Também teve uma experiência como apresentadora do cultuado programa “Globo de Ouro”, parada musical dos anos 80, ao lado de César Filho, substituindo a atriz Isabela Garcia no ano de 1988, ou seja, antes de ingressar no primeiro escalão das atrizes globais.
Já uma personalidade das telas e uma das mais reconhecidas e amadas atrizes brasileiras, Cláudia Abreu voltou a estudar, ingressando no curso de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, se formando no ano de 2009. Um comentário pessoal: sempre admirei essa atriz pelo seu talento e não pude deixar de admirá-la ainda mais depois que ela se tornou uma colega minha na área. A Filosofia une os bons!
Seus trabalhos em televisão são reconhecidos pelo talento que desempenha na tela e isso faz com que ela seja uma das mais requisitadas e respeitadas atrizes brasileiras de sua geração. Contudo, além dos palcos e diante das câmeras, Cláudia Abreu tem uma importante carreira no cinema.
O primeiro trabalho de Cláudia no cinema foi com o curta-metragem “Absinto”, de 1992. Já no ano de 1996, ela atuou na adaptação da obra de Jorge Amado, “Tieta do Agreste”, no papel de Leonora, enteada da personagem-título. Em 1997, participou de “O que é isso, companheiro?”, este tendo inclusive concorrido ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no ano seguinte, “Ed Mort” e “Guerra de Canudos”.
Os anos seguintes marcaram participações na televisão, até que em 2001, ela participou de “O Xangô de Baker Street”, versão para o cinema do livro de Jô Soares. Neste mesmo ano, atuou em “O Homem do Ano”, dirigido pelo marido José Henrique Fonseca e roteirizado pelo sogro, o premiado escritor Rubem Fonseca.
http://youtu.be/SqCtuSIOAFQ
O filme mais recente de Cláudia Abreu é “Todo mundo tem problemas sexuais”, de 2008.
Uma atriz global que tem uma carreira valiosa no cinema. Uma estrela do nosso cinema que tem muitas participações em produções globais. Independentemente de como é apresentada ou reconhecida, é inegável que Cláudia Abreu é uma de nossas melhores atrizes e continua nos brindando com belas interpretações e personagens carismáticos e envolventes, como, aliás, é a própria atriz.
Se nossa produção cinematográfica não tem a mesma aceitação que a televisiva, pelo menos nomes como o de Cláudia Abreu permitem que seja qual for a mídia em que atue, seu talento seja reconhecido como inegável, de modo que sua estrela brilha cada vez mais no panteão dos maiores nomes da dramaturgia brasileira.
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