Os homens preferem as loiras, já dizia o título do clássico filme de Marilyn Monroe. As morenas são fortes e encantadoras, levando os homens à loucura. Mas as ruivas, essas criaturas perfeitas de cabelos cor de fogo, são fascinantes. Loirinhas e morenas que me perdoem, mas eu não resisto a uma ruiva. E se essa ruiva ainda tiver talento para atuar, não há como resistir.
Como definir uma ruiva? Pela beleza e exotismo? Pelo poder que exala apenas com sua presença? Por ser a criatura mais bela do universo? Não sei como definir uma ruiva, mas posso tentar fazer isso apresentando uma das mais lindas e talentosas ruivas, dona de beleza e talento infinito, fruto de uma família dedicada à arte de interpretar.
Bryce Dallas Howard nasceu no dia 2 de março de 1981, em Los Angeles, Califórnia. Seus pais, o diretor de cinema Ron Howard e a escritora Cheryl Alley escolheram o nome “Dallas” em homenagem à cidade onde a garota foi concebida. O sangue de atriz não poderia deixar de correr na menina, já que além dos pais, ela tem o tio ator Clint Howard, os avós paternos atores Rance e Jean Speegle Howard, e é afilhada do também ator Henry Winkler. Bryce tem mais três irmãos: as gêmeas Jocelyn Carlyle Howard e Paige Carlyle Howard e o mais jovem, Reed Cross Howard, todos com nomes em homenagens às cidades onde foram concebidos. Apesar da ascendência, os pais preferiram criar os filhos longe dos holofotes de Hollywood.
Sem assistirem televisão, também por opção dos pais, as crianças brincavam e participavam de atividades fora de casa. Por ter sido um ator prodígio e alcançado sucesso cedo demais, depois criticado “por não ser mais criança”, Ron Howard abandonou a carreira e passou a se dedicar à família, antes de se tornar o bem-sucedido diretor e produtor de cinema dos dias de hoje. Mesmo assim, os ambientes e as pessoas do cinema não eram estranhos às crianças. Em uma entrevista ao apresentador Jay Leno, Bryce confirmou que o astro Tom Cruise já havia cuidado dela e de seus irmãos por algumas vezes enquanto o pai trabalhava. Durante a infância, Bryce e seus irmãos viveram no Condado de Westchester, em Nova Iorque e numa fazenda em Greenwich, em Connecticut.
Bryce começou a dar os primeiros passos na interpretação ainda jovem, quando participou de um acampamento de artes dramáticas em Nova Iorque, tendo como colega ninguém menos que Natalie Portman. Terminando os estudos na escola, ela ingressou na Tisch School of the Arts, na Universidade de Nova Iorque, durante três anos, paralelamente, aos cursos que fazia no Conservatório Stella Adler, o The Experimental Wing e o Theatre Wing, este em Amsterdã.
Sua primeira participação oficial nos palcos, foi ainda nos tempos de estudante, quando atuou numa montagem de “O conto de duas cidades” de Charles Dickens, para a Broadway. Em 2003, terminou o curso de Bacharelado em Artes. Até fazer sua estreia nos cinemas de forma oficial, sem contar as pequenas participações que fez ao longo da vida, Bryce participou de diversos outros cursos e companhias de teatro, como o Steppenwolf Theatre Company e o The Actors Center, sempre recebendo boas críticas pelos seus trabalhos. Um detalhe interessante é que a garota sempre omitia o último nome, para não receber tratamentos especiais ou oportunidades por ser filha de quem era, mas mudou de ideia quando percebeu que seus dois primeiros nomes “soavam como nome de atriz pornô”.
Após essas participações, ela entrou de vez no mundo das artes dramáticas, atuando em diversas peças teatrais em Nova Iorque, o que chamou a atenção do cineasta M. Night Shyamalan. Em 2004, ela participou do filme “Book of Love”, de Alan Brown, mas que não obteve grande aceitação por parte de público e crítica.
O primeiro contato com Shyamalan rendeu o convite para que Bryce estrelasse o mais novo suspense do diretor, após a recusa de Kirsten Dunst por falta de tempo. Bryce foi escolhida sem precisar fazer nenhum teste, tudo pelo fascínio que o diretor teve ao vê-la nos palcos. Em “A vila” de 2004, Bryce interpreta uma jovem cega, filha do líder de uma comunidade cercada por um perigo desconhecido.
Em 2005, ela atuou em “Manderlay”, a segunda parte da trilogia americana de Lars Von Trier, substituindo Nicole Kidman no papel de Grace Mulligan. O filme foi um fracasso de bilheteria, mas a atuação densa de Bryce rendeu elogios, pelas cenas fortes, inclusive de nudez.
A parceria Bryce e Shyamalan se repetiu em 2006, quando o diretor lançou sua fábula moderna “A dama na água”, em que a atriz vivia uma espécie de “ninfa” perdida na piscina do prédio administrado pelo personagem de Paul Giamatti. Rebatendo as críticas ao filme, a atriz declarou em entrevistas que o entendimento da trama se daria simplesmente pela fé que as pessoas deveriam ter nelas mesmas e no que elas poderiam fazer de bom para suas vidas e para as vidas dos outros.
No mesmo ano, ela atuou em “As you like it”, versão da obra de Shakespeare, dirigida por um especialista no assunto, o diretor Kenneth Branagh. Bryce recebeu uma indicação ao Globo de Ouro por sua atuação, no ano de 2008, depois que o filme foi lançado nos Estados Unidos pela HBO, com mais críticas positivas em solo americano do que na Inglaterra, onde foi produzido.
Bryce trabalhou atrás das câmeras, como diretora do curta-metragem “Orchids”, como parte da série “Real Moments”, produzida pela revista Glamour.
Em 2007, Sam Raimi a escolheu para viver a personagem Gwen Stacy, primeira namorada de Peter Parker nos quadrinhos, em “Homem-Aranha 3”. O papel não teve muito destaque na história, mas rendeu algumas boas cenas de ação e conflito. Aliás, a atriz fez todas as cenas de ação de sua personagem, sem saber que estava grávida. Pessoalmente, eu prefiro Bryce como Gwen a Emma Stone, que interpreta a mesma personagem na nova série cinematográfica do herói aracnídeo.
No ano de 2008, ela atuou em filmes menores como “Good Dick” e “Tesouro Perdido”, este baseado na obra de Tennessee Williams.
Participou de um episódio da famosa série “Uma família da pesada” e fez o papel de Kate Connor, esposa do líder da resistência humana contra as máquinas em “O exterminador do futuro – A salvação”, retomada da famosa franquia criada por James Cameron. Ela sempre se declarou como fã dessa série de filmes.
No ano seguinte, Bryce Dallas Howard participou de “Despair”, de Alex Prager e de um dos maiores sucessos de bilheteria de 2010. Em “A Saga Crepúsculo – Eclipse”, a atriz substituiu Rachelle Lefevre no papel da vingativa vampiresa Victoria. Também participou de mais uma produção comandada por um dos mestres do cinema, “Além da vida”, de Clint Eastwood.
No ano de 2011, participou de dois dramas bem aceitos: “50%”, de Jonathan Levine e “Histórias Cruzadas”, de Tate Taylor. Uma curiosidade em relação a esse filme, é que Bryce é muito confundida com a atriz Jessica Chastain, que também está nesta produção. As duas são muito semelhantes fisicamente.
Afastada um pouco das telas, Bryce tem trabalhado ao lado de seu pai e do produtor Brian Grazer (sócio de Howard) como produtora de filmes como o drama jovem “Inquietos”, de Gus Van Sant, também produtor do filme.
Bryce Dallas Howard tem dois filhos com Seth Gabel: Theodore Norman Howard Gabel, nascido em 2005 e Beatrice Jean Howard Gabel, nascida em 2007.
Nascida num ambiente de artistas, Bryce Dallas Howard aprendeu desde muito cedo como esse mundo pode ser perigoso e prazeroso. Amante da interpretação e da arte de escrever, ela sabe que o mercado pode muito bem construir e destruir em “dois tempos” uma pessoa, mas seu amor pela arte em si a faz trabalhar com dedicação e certeza plenas a fim de que cada novo trabalho seja marcado pela qualidade e pela emoção.
Essa característica também a moldou como uma pessoa não muito sociável, mas aqueles que a conhecem, sabem muito bem que sua vida é dedicada a emocionar e fazer acreditar naquilo que faz. Uma atriz de qualidade e talento, além de uma produtora dedicada. Essa é Bryce Dallas Howard, muito mais que do uma bela ruiva, como se isso não fosse o suficiente para que todos estejam sobre seus pés. Uma ruiva de extrema beleza e infinito talento.
Fontes: Wikipedia e IMDb
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