Cientista inglês (1809-1882). Provocou polêmica no mundo da época ao propor que o homem o macaco descendem de um mesmo ancestral.
Nascido em Shrewsbury, Inglaterra, neto do famoso fabricante de cerâmica Josiah Wedgewood (1730-1795), Charles Robert Darwin foi educado em Cambridge, onde se interessou por ciência em geral e, mais particularmente, pela evolução do mundo natural. Até o início do século XIX, era comum se acreditar que a Terra e nosso ambiente natural haviam sido criados exatamente da forma como está relatado na Bíblia, e tanto o ambiente como a Terra haviam permanecido mais ou menos os mesmos desde sua origem.
Na época de Darwin, no entanto, muitos cientistas tinham passado a crer na possibilidade de que os seres vivos mudavam com o passar do tempo, como parte de um processo evolucionário. As pessoas que defendiam essa teoria eram conhecidas como evolucionistas. E as que acreditavam que a Bíblia era a verdade literal eram conhecidas como criacionistas.
Os criacionistas acreditam que todas as espécies – das ostras aos seres humanos, por exemplo – haviam sido criadas exatamente do mesmo jeito com que as vemos hoje, e que sempre tiveram a mesma forma. Os evolucionistas, ao contrário, sustentam que uma espécie é capaz de mudar de uma geração para a outra. E que duas espécies similares, embora diferentes, como leões e tigres, podem ter um mesmo ancestral comum que tenha vivido milhões de anos atrás. Embora a idéia da evolução tenha sido discutida na Grécia desde o século V antes de Cristo, Darwin foi o primeiro homem a formular uma teoria bem detalhada sobre esse polêmico assunto.
Após se graduar em Cambridge, Darwin aceitou o cargo de naturalista (sem ganhar salário) durante cinco anos numa expedição de pesquisa a bordo do navio HMS Beagle. O Beagle deixou a Inglaterra em dezembro de 1831 e retornou em outubro de 1836. Durante a viagem de cinco anos, sua tripulação explorou a América do Sul, a Austrália, a Nova Zelândia e inúmeras ilhas por onde passou. A partir de resultados colhidos na expedição, Darwin começou a sintetizar sua teoria da evolução. Ele descobriu que em ilhas remotas, como em Galápagos, próximas h costa ocidental da América do Sul, as espécies eram muito diferentes das espécies relativas encontradas nos continentes. Com isso, ele concluiu que, embora elas possuíssem um ancestral em comum, o ambiente diferente, ao longo do tempo, tinha levado as espécies a "evoluir" também de forma diferente.
Darwin continuou a aprimorar sua teoria da seleção natural, que dizia que as espécies evoluíam porque a natureza "selecionava" as plantas e os animais mais aptos em ambientes específicos. Ele levou vinte anos para detalhar completamente sua teoria, mas, quando seu livro A Origem das Espécies finalmente foi publicado, em 1859, ele influenciou radicalmente as teorias das ciências biológicas da época, mudando totalmente a perspectiva que as pessoas tinham da história do mundo e do ambiente em que viviam.
Em 1871, Darwin publicou A Descendência do Homem, no qual ele especulava a respeito da evolução dos seres humanos, expondo a polêmica teoria de que as pessoas haviam evolui'do de um ancestral não humano, que partilhavam com os macacos. Ele também escreveu longos tratados científicos sobre a biologia das plantas, além de temas variados, como os recifes de corais, as ilhas vulcânicas e a geologia da América do Sul.
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