Rainha de Portugal e imperatriz honorária do Brasil (1775-1830). É considerada uma das principais articuladoras políticas do reino português.
Carlota Joaquina de Bourbon (22/4/1775-7/1/1830) nasce no Palácio de Aranjuez, na Espanha. Filha do rei espanhol Carlos VI, casa-se com o príncipe herdeiro de Portugal ainda menina – ela, com 10 anos, ele, com 16. Logo começam suas desavenças com o marido, que culminariam em conspirações e traições. Em 1805 une-se a fidalgos para derrubar dom João VI, então regente do reino. Descoberta a trama, separa-se dele e passa a residir em Queluz, enquanto ele permanece em Mafra, ambas as cidades em Portugal. No entanto, com o bloqueio continental decretado por Napoleão Bonaparte em 1807, é obrigada a mudar-se com a corte portuguesa para o Brasil, país que renega e chama de "terra de negros e carrapatos". Descrita como "quase horrenda" por diversos historiadores, em 1820 manda matar a mulher de seu amante, Francisco Braz Carneiro Leão, por ciúme. Envolve-se na questão platina como pretendente à direção das colônias espanholas da América, projeto frustrado com a ocupação do Uruguai pelo Brasil. Em 1821, por causa da Revolução do Porto, retorna a Portugal. Recusa-se a assinar a Carta Constitucional e alia-se ao clero e à nobreza para tramar a Conspiração da Rua Famosa, movimento absolutista descoberto em 1822. Como punição, é confinada na Quinta do Ramalho. Após a morte do marido, em 1826, apóia o golpe do filho Miguel contra a rainha dona Maria II, filha de dom Pedro I. Com a derrota de dom Miguel, é presa em Queluz, onde morre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário