Político mineiro (1875-1955). Presidente do Brasil de 1922 a 1926. Governa quase todo o tempo sob estado de sítio por causa das rebeliões do tenentismo, que eclodem nesse período.
Artur da Silva Bernardes (18/8/1875-23/3/1955) nasce em Viçosa, filho de um funcionário público português, e estuda no colégio do Caraça. Vai para Ouro Preto e trabalha no comércio para custear os estudos na faculdade de direito. Termina o curso em São Paulo em 1900. De volta a Viçosa, casa-se em 1903 com Célia, filha de Carlos Vaz de Melo, liderança importante na região, e torna-se herdeiro político do sogro. Elege-se deputado estadual em 1907, federal em 1909 e, em 1918, é presidente do estado de Minas, cargo hoje equivalente ao de governador. Na Presidência da República, entre 1922 e 1926, assegura alguns direitos trabalhistas, como férias anuais de 15 dias para empregados do comércio, da indústria e de bancos. Seu governo ficaria marcado pelas revoltas tenentistas, em que setores militares pediam moralização da política e a volta das liberdades públicas, todos duramente reprimidos. Atua na Revolução de 1930, mas volta-se contra Getúlio Vargas e apóia a Revolução Constitucionalista de 1932. Derrotado, exila-se em Portugal até 1934, quando é sancionada a Constituição da República. Elege-se deputado federal nesse mesmo ano e exerce o cargo até a instauração do Estado Novo, em 1937. Participa do movimento pela redemocratização em 1945 e da Assembléia Constituinte no ano seguinte. Reeleito em 1954, engaja-se na campanha em favor do monopólio estatal do petróleo. Morre no Rio de Janeiro.
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