Aventureiro português e patriarca da Bahia (1475?-1557). Entra para a história por passar a vida entre os índios e facilitar o contato deles com os primeiros administradores e missionários portugueses.
Diogo Álvares Correia (1475?-1557) é apelidado de Caramuru pelos tupinambás. Pouco se sabe sobre os primeiros anos de sua vida. O tempo em que passou em terras brasileiras é repleto de lendas. É encontrado entre os tupinambás na Baía de Todos os Santos, em 1531, pela expedição de Martim Afonso de Souza. Segundo relato da época, havia 22 anos que vivia entre os índios. Calcula-se que tenha nascido em Viana do Castelo e naufragado em costas brasileiras, junto com uma nau portuguesa, em 1509. Oito companheiros que com ele alcançam as praias são devorados pelos tupinambás. Há várias versões para explicar por que Caramuru é poupado. Uma delas diz que ele teria imposto respeito aos índios ao disparar uma arma de fogo, daí o novo nome, que significaria homem do fogo, filho do trovão. Outra versão afirma apenas que ele era magro demais e não teria apetecido aos canibais. Nesse caso, Caramuru seria o nome indígena para o peixe moréia. De qualquer modo, ganha a confiança da tribo e casa-se com a índia Paraguaçu. Caramuru morre em Salvador em 1557 e Paraguaçu vive mais 26 anos. O casal deixa quatro filhas que, casadas com colonos portugueses, dão origem a algumas das mais tradicionais famílias baianas, como os Moniz, os da Torre e os Garcia d'Ávila.
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