segunda-feira, 11 de maio de 2015

Paula Toller Amora

Paula Toller Amora (Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1962) é uma cantora e compositora brasileira, conhecida como vocalista da banda Kid Abelha.
Paula foi criada pelos avós paternos Paulo e Renée, ele cirurgião aposentado, ex-assessor da presidência da República e do governo do Estado da Guanabara, historiador e autor de vários livros; ela dona de casa e gerente de uma pensão de senhoras idosas. O pai de Paula também morava com eles, já a mãe abandonou-a quando ainda era criança. No tempo de infância e adolescência, as músicas de Bach, Mozart, Beethoven, Chopin entre outros clássicos, predominavam em sua casa. Havia também discos de música espanhola e algumas óperas. De popular, Carmem Miranda, Elis Regina e Beatles (único rock aceito por seu avô). Paula completava os estudos com aulas de balé e inglês e tinha intenção de tornar-se professora desse idioma.
Aos dezessete anos entrou para os cursos de Desenho Industrial e Comunicação Visual da PUC do Rio de Janeiro e também iniciou estudos de francês. Fez estágio num escritório de programação visual e arranjava "freelances" para complementar sua pequena mesada. Traduzia livros e teses para o pessoal da faculdade, ficava na secretaria de sua academia de dança durante as férias e revisava os livros do avô. No quarto de seu irmão, ouviu pela primeira vez James Brown e Tim Maia. Os primeiros discos que comprou eram de trilha de telenovela (em que havia Stevie Wonder, Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle, Jackson Five.) Depois disso, Janis Joplin e Rita Lee na veia. Nas festinhas (se chamavam "Arrastas") rolava Slade, Led Zeppelin, Pink Floyd, Billy Paul, Michael Jackson e Stylistics (as lentas). Já na faculdade, tornou-se viciada em rádio.
"Eu estava em meu quarto. Na sala de visitas, meu namorado e meus avós assistiam TV. Ouvi um som legal e corri para ver o que era. Era a Gang 90 e as Absurdettes cantando "Perdidos na Selva" num festival da Rede Globo. Ninguém percebeu, mas, naquele momento, minha vida mudara completamente e tive certeza de que cantaria aquele tipo de música."
Sua carreira musical começou como vocalista do então chamado Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, banda na qual está até hoje, apesar da carreira solo. Em 1982 já cantava e compunha no Kid Abelha, abandonando a universidade em 1984, às vésperas de se formar. Nesse mesmo ano iniciou o aprendizado de técnica vocal com a professora e cantora lírica Vera Maria do Canto e Mello e gostava de cantar Lieder (músicas) em alemão, o que despertou seu interesse pelo idioma, que estuda até hoje.
O primeiro compacto da banda, Pintura íntima, foi lançado em 1983. No começo, a crítica chegou a pensar que o Kid Abelha não passava de mais uma dessas bandas que não teriam mais do que três sucessos nas rádios. Mas o tempo provou a qualidade e o sucesso do Kid Abelha, que depois de 27 anos, ainda lota shows e vende discos numa carreira marcada por muito mais pontos altos do que baixos. Entre os seus muitos grandes sucessos estão "Fixação", "Como eu quero", "Alice não me escreva aquela carta de amor", "No seu lugar", "Eu tive um sonho", "Te amo pra sempre", "Eu só penso em você", "Eu contra noite", "Lágrimas e chuva", "Nada sei", "No meio da rua", "Amanhã é 23" e "Grand' Hotel".
Sexualidade e erotismo são temas abordados em algumas letras de Paula Toller. Às vezes, são cantados de forma mais explícita como em Um Segundo a Mais, Por uma Noite Inteira, Eu transo ela transa, Poligamia e Derretendo Satélites, esta do seu primeiro disco solo. Outras vezes estes temas aparecem também mais disfarçados ou em forma de metáfora ou leves citações, como nas músicas Pintura íntima, Agora Sei, No seu lugar, entre outras. Apesar das letras ousadas, nos shows Paula prefere uma postura mais distante, sem grandes apelos.
Desde 1987, é casada com o cineasta Lui Farias. Fizeram 25 anos de casados dia 2 de julho de 2012, que dirigiu diversos clipes do Kid Abelha e compôs ainda com George e Paula, como "Combinação", "La Nouveauté", "Grand Hotel" e "No seu lugar", além da direção do DVD solo "Nosso". Paula tem um filho chamado Gabriel, nascido em 1989. E a ele foi dedicada a música chamada Oito Anos, gravada no disco Paula Toller (e regravado por Adriana Calcanhoto no disco Adriana Partimpim), e a música "Barcelona 16", de Só Nós. Gabriel está hoje com 23 anos. É ex-estudante da Escola Britânica do Rio de Janeiro. Em 2009 descobriu por acaso ter diabetes tipo 1 e em entrevista confessou ter tido um choque, mas que agora, com controle, tudo está bem.
No dia-a-dia, para manter a forma física e mental, Paula faz ginástica, psicanálise e joga tênis. Trata preventivamente da saúde com medicina ortomolecular e terapias orientais (shiatsu e acupuntura). Procura manter uma alimentação saudável sem recorrer a dietas. Não toma refrigerante há mais de dez anos, não usa açúcar no dia a dia e evita enlatados. Um de seus passatempos prediletos é passear sozinha de carro ouvindo música em alto volume. Dessa maneira surgem e já surgiram várias letras de música, que ela tenta escrever enquanto dirige. O banho também é uma das suas situações preferidas para ter ideias.

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