quarta-feira, 6 de maio de 2015

LUCIA ALVES

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Biografia
Atriz de grande apelo popular na televisão, Lúcia Alves começou sua carreira artística no cinema, em meados da década de 1960, Dirigido por J.B. Tanko em 1965, “Um Ramo para Luíza” marcou o início da trajetória artística de Lúcia Alves.

 Começava aí uma carreira marcante dessa atriz que fez da televisão seu principal veículo, mas que não deixou de atuar também no teatro e no cinema.

A estréia em novelas foi na TV Tupi em “Enquanto Houver Estrelas”, de Mário Brasini, em 1969, mas a consagração veio mesmo como a índia Potira em “Irmãos Coragem”, marco de Janete Clair em 1970. Depois, tem bons momentos em novelas como “Plumas & Paetês” (1980), de Cassiano Gabus Mendes, em que faz Veroca.

No cinema, dá continuidade à carreira sendo dirigida novamente por J.B. Tanko em “Pais Quadrados, Filhos Avançados”, “Estranho Triângulo”, de Pedro Camargo, e “O Homem da Cabeça de Ouro”, de Alberto Pieralisi – todos da década de 1970.

Nos anos 1980, Lúcia Alves atua em “Tortura Cruel”, filme dirigido pelo popular e cultuado Tony Vieira, e tem bom momento também em “Lua Cheia”, de Alain Fresnot. Depois de participar de apenas um filme na década de 1990, “Fica Comigo”, de Tizuka Yamasaki, Lúcia Alves entra os anos 2000 com o pé direito. A atriz está em “Quase Dois Irmãos”, de Lúcia Murat, e com grande destaque no adorável “Bendito Fruto” (2004), de Sérgio Goldenberg – um dos melhores filmes dessa primeira metade de década. Por sua composição da cabeleireira Telma, Lúcia Alves recebeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Brasília de 2004 – primeiro prêmio na sua carreira cinematográfica.

Televisão

2010 - Uma Rosa com Amor .... Joana Camargo (Joana Carioca)
2007 - Toma Lá, Dá Cá .... Léa Lúcia
2007 - Sob Nova Direção .... Berta
2006 - Carga Pesada .... Juçara
2005 - A Diarista .... Edna/Silvia
2004 - Começar de Novo .... Ítala Magnani
2004 - Metamorphoses .... Bel
2000 - O Cravo e a Rosa .... Dra. Hildegard
1998 - Mulher .... Telma
1996 - O fim do mundo .... Fafá Badaró
1995 - Malhação .... Tulê Berná
1995 - Irmãos Coragem .... Cameo
1995 - Engraçadinha, seus amores e seus pecados .... Mulher no parto de Duval
1994 - Tropicaliente .... Isabel
1993 - Guerra sem fim .... Lili Marlene
1993 - Contos de Verão
1991 - Amazônia .... Maria Rabuda
1990 - Barriga de Aluguel .... Moema
1989 - Kananga do Japão .... Dayse
1986 - Anos Dourados .... Vitória
1986 - Hipertensão .... Beatriz
1985 - Ti Ti Ti .... Nicole
1983 - Eu Prometo .... Cássia
1982 - Final Feliz .... Yolanda
1981 - Jogo da Vida .... Clarita
1980 - Plumas e Paetês .... Veroca
1979 - Os Gigantes .... Maria Lúcia
1979 - Malu Mulher .... Mulher de Amorim
1978 - Pecado Rasgado .... Betinha
1978 - Sítio do Pica-Pau Amarelo: O Minotauro .... Ariadne
1977 - Nina .... Chiquinha
1976 - O Feijão e o Sonho .... Creuza
1975 - Senhora .... Mariquinhas
1975 - Helena .... Helena
1974 - Super Manuela .... Raquel
1973 - O Semideus .... Beatriz
1973 - Carinhoso .... Leda Maria
1972 - A Patota .... Sílvia
1972 - Bicho do Mato .... Sílvia
1971 - O homem que deve morrer .... Tula
1970 - Irmãos Coragem .... Índia Potira
1970 - Verão Vermelho .... Geralda
Principais trabalhos no cinema:

- “Um Ramo para Luíza” (1965), de J.B. Tanko;
- “Pais Quadrados, Filhos Avançados” (1970), J.B. Tanko;
- “Estranho Triangulo” (1970), de Pedro Camargo;
- “O Homem da Cabeça de Ouro” (1975), de Alberto Pieralisi;
- “Tortura Cruel” (1980), de Tony Vieira;
- “Tem Piranha no Aquário” (1982), de Vital Filho;
- “Lua Cheia” (1989), de Alain Fresnot;
- “Fica Comigo” (1998), de Tizuka Yamasaki;
- “Quase Dois Irmãos” (2004), de Lúcia Murat;
- “Bendito Fruto” (2004), de Sérgio Goldenberg.

Aos 68 anos, a atriz Lúcia Alves não sabe precisar exatamente quanto tempo tem de profissão. Mas a carioca, que já atuou em quase todas as emissoras de TV do país, sabe que já ultrapassou os 40 anos de carreira.O sorriso franco e escancarado deixou sua marca registrada em mais de 30 novelas que fez na Rede Globo. Seu último trabalho foi em “Uma rosa com amor”, novela do SBT de  2010 cujo nome ela custou a lembrar. A saída de Lúcia da história de Tiago Santiago foi polêmica. Na época, o motivo divulgado pela imprensa foi o temperamento difícil da atriz, o que é negado por Lúcia. “Eu não sai da novela. Eu fiz a novela até o fim. O diretor (Del Rangel) é que saiu. 
Fiquei lá o tempo inteiro e não briguei com o diretor. Se ele brigou comigo, nem fiquei sabendo. Só soube disso pelo jornal.”Desde então, Lúcia ficou sumida do vídeo, o que para ela não significa estar desempregada. ”Existe uma cultura de TV Globo. Se você não está na TV Globo e de preferência no horário nobre, não está trabalhando. Mas isso não é verdade. Às vezes tem projeto de teatro que custa a acontecer. Fiz também um trabalho para a Internet. As pessoas têm a sensação de que você não está atuando só porque não está na Globo.”
Enquanto está afastada da televisão, ela tem aproveitado para se dedicar à pintura expressionista, à conclusão do curso de coaching - desenvolvimento pessoal e profissional -, a ler e a caminhar. Ela também é formada em Fonaudiologia e pós-graduada em Assessoria de Imprensa. “O primeiro conflito que tenho quando acordo é: 'Vou caminhar na orla da praia ou na orla da Lagoa?'”

Lúcia mora no apartamento de três quartos em que sempre sonhou viver no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio, com a única filha, Renata Alves, gerente de Marketing de um shopping da cidade. “Passei nesta rua um dia e disse que iria morar aqui. Entrei, este apartamento estava à venda e comprei”, contou.Apesar de não estar atuando, Lúcia garnte que sua vida não é vazia. “Só não preenche a vida quem não gosta de ler, quem não pinta, quem não estuda, quem não viaja, quem não tem filho, quem tem casa feia... Eu gosto de ficar em casa. Minha casa é bonita, eu gosto dela. Quem tem que preencher a vida com trabalho depois de 40 anos de profissão, está mal. Eu não estou, graças a Deus”.
Mas nem sempre Lúcia esteve tão bem. Apesar de não alimentar baixo astral, ela já fez uso de remédios para minimizar a tristeza. “Já tive depressão, claro, quem não teve? Bastante forte, por sinal. Depressão a gente segura com remédio. Esta gente que diz que segura a depressão correndo na esteira é louca. Você fabricar endorfina, mas ela não dura 48 horas.

Tem que tomar um remédio para ajudar. Além disso, você precisa criar um ambiente harmônico. O depressivo cria um ambiente desarmônico em torno dele. Remédio é para o momento de crise, você toma e depois para.”
Antes de varar a noite assistindo a séries americanas como “House” e depois de navegar pelas redes sociais Facebook e Twitter em um dos três computadores que mantém em casa, Lúcia Alves se delicia com “Avenida Brasil”. “Esse é um momento especial em que eu gostaria de estar atuando. Essa novela das nove é sensacional, muito moderna. As coisas acontecem sem o autor enrolar o público. Os atores conseguem mostrar seu jeito de atuar, pois a novela não tem a mão pesada do diretor. Eles parecem gente mesmo.”
Se pudesse mudar o passado, Lúcia afirma que não alteraria uma linha de sua história. “Sou uma pessoa feliz. Não cresci querendo ser atriz e me considero bem-sucedida. Pude ter a graça de estudar. Minhas dificuldades, pude vencer. Sofrimentos foram transformados em coisas boas e tenho um temperamento fantástico. Sento no meio fio, choro, roo pé de mesa e pronto, acabou, passa. Sofrimento passa.”

Foram 41 anos de trabalho, ininterruptos, desde que Lúcia Alves estreou na TV, aos 22 anos. Por aí, já dá para ter uma ideia da idade da atriz, que prefere dizer, quando questionada, que a idade limita o ator: “Se digo quantos anos eu tenho, fico limitada a alguns trabalhos. Ator tem faixa etária”, explica. Na atual, a atriz carioca está de férias pela primeira vez da TV. Um descanso que já dura três anos (sua última novela foi “Uma rosa com amor”, do SBT), e que ela está louca para interromper. “Trabalhar é muito bom e faz falta. Acontece que, com a idade, você tem menos papéis. Atrizes do mundo inteiro reclamam disso. Faltam papéis para atrizes da minha idade”, queixa-se ela, que traz no seu vasto currículo, 42 novelas e minisséries, muitos filmes e peças teatrais.

O desejo da atriz coincide com a reprise de alguns de seus sucessos, “Anos dourados”, “Barriga de aluguel” e as minisséries “Malu mulher” e “Mulher”, que estão ou estiveram no ar no canal Viva. À espera de um contrato com a TV, Lúcia Alves aproveita para curtir a boa vida de seu aconchegante apartamento em Ipanema, viajar e se dedicar à leitura. “Não tenho mais filhos para criar, nem contas absurdas para pagar, mas ganhar seu dinheirinho é sempre muito bom, né?”, diz ela, que divide as despesas da casa com a única filha, a gerente de marketing de um shopping carioca, Renata, de 36 anos.
Solteira, há seis anos, Lúcia tem ainda a companhia de uma funcionária que cuida da casa, e da cadela poodle Bela, a quem chama de filha. “Sou muito feliz com a vida que tenho. Sou uma pessoa saudável (ela malha religiosamente todos os dias).

E não fico planejando o futuro. Os autores sabem que eu quero trabalhar e estou aguardando convites. Mas se isso não acontecer, seguirei com a minha vida. Não sou de ficar pedindo emprego aos amigos. Acho isso uma invasão”.
Fonoaudióloga por formação e pós-graduada em Assessoria de imprensa, Lúcia também já pintou e comercializou quadros próprios (como esse aí na foto tirada na sala da sua casa) e escreveu um livro, ainda não publicado, com o título de “Ataque bipolar”. “Já quis ser aeromoça e professora, mas nunca planejei nada, as coisas sempre foram acontecendo. Sou realizada por só ter feito grandes trabalhos na TV. Mas falta agora um próximo personagem para essa felicidade ser completa”, deseja.

Filha de professores, Lúcia Alves nasceu na Tijuca, Zona Norte do Rio, e ingressou no meio artístico aos 16 anos, após um convite do seu vizinho, do ator e diretor Paulo Porto, para o filme “Um ramo para Luisa (1965)”. “Ator não tira férias”, explica ela, que não parou para respirar nem quando ficou grávida. “Tive que esconder a barriga durante uma novela e já sai da maternidade trabalhando. Emendei uma novela na outra, sem parar. Naquela época não existia a facilidade que tem hoje. Para gravarmos no nordeste, não tinha essa coisa de fazer as filmagens daqui, não. Tínhamos que ir lá, passar dias viajando. Era uma vida insana, de 19, 20 horas gravando, mas eu sempre fui muito profissional, e sempre amei isso”.

Apesar da vida agitada, Lúcia conta que nunca esteve ausente na vida da filha e que contou com a ajuda do marido na criação da menina. Com passagens por todas as emissoras de TV abertas do país, Lúcia se envolveu recentemente num projeto de web série e de um comercial. “As pessoas têm a mania de achar que só porque não estou no ar, não estou trabalhando, ou estou na pior. Não tem nada a ver”.

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