quarta-feira, 6 de maio de 2015

JORGE FURTADO

                                        Jorge Furtado
Jorge Alberto Furtado (Porto Alegre, 9 de junho de 1959) é um cineasta brasileiro.
 

De formação parcialmente autodidata, cursou medicina, psicologia, jornalismo e artes plásticas, sem concluir nenhum dos cursos. Começou a carreira profissional no início dos anos 1980, na TV Educativa/RS, onde foi repórter, apresentador, editor, roteirista e produtor. Em 1982 foi um dos criadores do programa semanal "Quizumba", que misturava ficção e documentário, com uma linguagem bastante ousada para a televisão pública da época.
De 1984 a 1986 foi diretor do Museu de Comunicação Social de Porto Alegre. No mesmo período, com José Pedro Goulart e Ana Luiza Azevedo, criou a empresa Luz Produções, com a qual realizou seus dois primeiros curtas e também produziu teatro. A partir de 1986 trabalhou com publicidade, tendo dirigido dezenas de comerciais para televisão até 1990.

Em 1987, foi um dos fundadores da Casa de Cinema de Porto Alegre, da qual é integrante até hoje. No período de vigência da Lei do Curta, alcançou grande sucesso de público e crítica com os filmes O dia em que Dorival encarou a guarda (1986), Barbosa (1988) e, principalmente, Ilha das Flores (1989), com os quais recebeu vários prêmios nacionais e internacionais, inclusive no Festival de Berlim.

A partir de 1990 passou a trabalhar como roteirista para a TV Globo, em geral associado ao núcleo de Guel Arraes, com o qual escreveu e eventualmente dirigiu várias minisséries e dezenas de especiais.
Em 2002 estreou como diretor de longa-metragens com Houve uma vez dois verões. Mas foi com o segundo longa, O homem que copiava, que chegou ao grande público (mais de 600 mil espectadores nos cinemas) e recebeu vários prêmios, inclusive o Grande Prêmio Cinema Brasil, para o melhor filme brasileiro de 2003.
Ministrou vários cursos de roteiro para cinema e televisão, em parceria com seus colegas da Casa de Cinema (1989 e 1990) ou individualmente, no Festival de Inverno de Ouro Preto (1993 e 1995), na Fundação Cultural Banco do Brasil (1997) e na Escuela Internacional de Cine y Television de San Antonio de los Baños, Cuba (1999).
Festivais de vários países já realizaram retrospectivas e homenagens à obra de Jorge Furtado: em Hamburgo (1994), Rotterdam (1995), São Paulo (1997), Santa Maria da Feira (1998), Goiânia (2002), Toulouse (2004), Paris (2005), Londres (2006) e Bruxelas (2006). Em março de 2008, o Harvard Film Archive, ligado à Universidade de Harvard, promoveu a mostra "Jorge Furtado's Porto Alegre", com a exibição de 2 longas e 7 curtas.
 Filmografia

                   Como diretor e roteirista
2009 - Decamerão - A Comédia do Sexo (série de TV)
2007 - Rummikub (curta-metragem)
2007 - Saneamento básico, o filme
2004 - Meu tio matou um cara
2004 - Oscar Boz (curta-metragem)
2003 - O homem que copiava
2003 - Cena aberta (série de TV)
2002 - Houve uma vez dois verões
2000 - Meia encarnada dura de sangue (especial de TV)
2000 - O sanduíche (curta-metragem)
1999 - Luna Caliente (minissérie de TV)
1997 - Anchietanos (especial de TV)
1997 - Ângelo anda sumido (curta-metragem)
1995 - Estrada (curta-metragem) (episódio do longa "Felicidade é…")
1994 - A matadeira (curta-metragem) (episódio do longa "Os 7 sacramentos de Canudos")
1994 - Veja bem (curta-metragem)
1991 - Esta não é a sua vida (curta-metragem)
1989 - Ilha das Flores (curta-metragem)
1988 - Barbosa (curta-metragem)
1986 - O dia em que Dorival encarou a guarda (curta-metragem)
1984 - Temporal (curta-metragem)

 Apenas como roteirista
2010 - Antes que o Mundo Acabe
2008 - Romance
2005 - O coronel e o lobisomem
2003 - Cidade dos homens (série de TV)
2003 - Lisbela e o prisioneiro
2003 - Benjamim
2002 - Dona Cristina perdeu a memória (curta-metragem)
2001 - Caramuru - A invenção do Brasil
2000 - A Invenção do Brasil (minissérie de TV)
2000 - Tolerância
1999 - Três minutos (curta-metragem)
1995 - A comédia da vida privada (série de TV)
1994 - Memorial de Maria Moura (minissérie de TV)
1993 - Agosto (minissérie de TV)
1990 - Memória (curta-metragem)
 Principais premiações

2003: Grande Prêmio Cinema Brasil de melhor diretor e de melhor roteiro original, por O homem que copiava.
2003: Prêmio de melhor roteiro no Festival Internacional de Miami, por O homem que copiava.
2003: Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Punta del Este, por O homem que copiava.
2002: Grande Prêmio Cinema Brasil de melhor roteiro original, por Houve uma vez dois verões.
2002: Prêmio de melhor filme - crítica no Cine Ceará, por Houve uma vez dois verões.
2002: Prêmio de melhor diretor no Cine Ceará, por Houve uma vez dois verões.
2002: Prêmio de Melhor filme no Festival de Cinema Brasileiro de Paris, por Houve uma vez dois verões.
2000: Indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Curta-metragem, por O Sanduíche.
1995: Prêmio do Público no Festival de Gramado, por Felicidade é….
1995: Kikito de melhor filme brasileiro no Festival de Gramado, por Felicidade é….
1989: Urso de Prata de melhor curta-metragem no Festival de Berlim, por Ilha das Flores (1989).
1988: Melhor curta-metragem no Festival de Havana, por Barbosa
1986: Melhor curta-metragem nos festivais de Gramado, Havana e Huelva, por O dia em que Dorival encarou a guarda.

                         Livros publicados

2007 - Aventuras de Alice no País das Maravilhas (Lewis Carrol; tradução)editora Objetiva
2006 - Trabalhos de amor perdidos (romance, editora Objetiva)
2002 - Meu tio matou um cara e outras histórias (contos, editora L&PM)
2000 - A invenção do Brasil (roteiro da minissérie, editora Objetiva, com Guel Arraes)
1992 - Um astronauta no Chipre (depoimento a Marcelo Carneiro da Cunha, editora Artes e Ofícios)



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