quinta-feira, 18 de junho de 2015

Catarina I

imperatriz da Rússia de 1725-1727


Catarina ICatarina I (Jēkabpils, Letônia, 1684 — São Petersburgo, Rússia, 1727) foi imperatriz da Rússia entre 1725 e 1727. Nascida Marta Elena Skavronskaja, era uma serva nascida no território da atual Letônia. Foi amante e posteriormente segunda esposa de Pedro I, o Grande. Depois da morte do marido, foi proclamada governante com o apoio do predileto de seu marido, Menshikov, e dos regimentos de guarda.
Em 1703, quando Pedro, o Grande fundou São Petersburgo e para lá mudou a corte, tornou-se sua amante, casando-se em segredo em 1707, depois de se ter convertido à fé ortodoxa e tomar o nome de Catarina Alekséievna. À data do casamento tinham já sete filhos, nenhum dos quais sobreviveu até à idade adulta. Tiveram no total onze filhos dos quais sobreviveram Ana (1707) e Isabel (1709). Enquanto se construía a cidade, viveram numa cabana onde ela cozinhava e ele cuidava do jardim. Quando se mudaram para um palácio, conservaram-na rodeando-a de uma vala.
A sua correspondência mostra que o casal sempre manteve grande cumplicidade, e ela cuidava do czar pessoalmente durante os seus ataques epilépticos. Diz-se que só discutiram uma vez, devido à execução por corrupção do secretário de Catarina.
Em 1711 acompanhou o czar na Campanha de Prut, contra a Turquia, e conta-se que salvou a vida de Pedro quando estava rodeado por um exército muito superior, sugerindo-lhe que se rendesse e utilizando as suas jóias e as das suas damas para subornar o Grão-Vizir. Pedro I premiou-a casando-se com ela, desta vez oficialmente, na Catedral de Santo Isaac, apesar de ele estar casado com Eudoxia Lopukhina, a quem havia encerrado num convento e com quem tinha um filho, Alexis Petrovich, que executou (diz-se que com as próprias mãos). Deu a Catarina o título de Imperatriz, sendo a primeira mulher a ter este título: até então as esposas do czares era conhecidas como suas consortes. Em 1724, foi nomeada co-regente.
Durante o reinado de Pedro I foi efectuada uma profunda reforma do Exército, que permitiu a pessoas sem título nobiliárquico a possibilidade de aceder ao corpo de oficiais, acabando assim com o monopólio da nobreza nesses cargos, e nomeando-os também para cargos públicos, baseando-se na competência. Assim, ao morrer o rei em 1725 designado-a sucessora, teve que fazer frente à oposição do clero e dos boiardos, que estavam contra as reformas realizadas, e à do povo que apoiava os direitos do príncipe Pedro, filho do já falecido czarevich Alexei Petrovich. A nobreza nova do círculo de Pedro I, com Menshikov à cabeça, e os seus colaboradores burgueses apoiaram-na, e a guarda proclamou-a Imperatriz. Foi o início de uma época da História da Rússia caracterizada por contínuos golpes de Estado e pelo governo de favoritos. Menshikov tornou-se o efetivo chefe do governo, trabalhando através do recém-estabelecido Conselho Privado, mas caiu do poder com a morte de Catarina. Sua filha Isabel tornou-se imperatriz (1741-1762), dando início à época de despotismo esclarecido do Império Russo.

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