Estadista português (1767-1826). Rei de Portugal, Brasil e Algarve. É responsável pela transferência da corte portuguesa para o Brasil, dando um novo rumo para a história do país.
Dom João VI (13/5/1767-10/3/1826) nasce em Lisboa. Segundo filho do rei Pedro III, tem a educação negligenciada por não ser o primogênito. Casa-se com Carlota Joaquina, filha mais velha de Carlos IV, da Espanha. Juntos têm nove filhos, entre eles Pedro de Alcântara, futuro imperador do Brasil como Pedro I. Com a morte do irmão mais velho, José, que seria o herdeiro direto ao trono, assume em 1792 a regência do reino, em virtude da loucura da mãe, a rainha Maria I. Quando Portugal é invadido pelas tropas do Império Napoleônico, em 1807, se transfere com a corte para o Brasil. Eleva a colônia a reino, instala tribunais, estabelecimentos bancários e escolas e decreta a liberdade de comércio. Com a morte da mãe, em 1816, torna-se rei. Retorna a Portugal em 1821, pressionado pela corte, para enfrentar o movimento constitucionalista, e é obrigado a aceitar o papel de monarca limitado por uma Constituição. Em 1823 readquire a plenitude de seus poderes com a ajuda do filho, o infante dom Miguel, que no ano seguinte tenta depô-lo em favor de dona Carlota. Dom João destitui o filho, forçando-o a exilar-se. Em 1825 reconhece a independência do Brasil. Morre em Lisboa – suspeita-se de que tenha sido envenenado.
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