No último dia 18, faleceu aos 60 anos de idade, vítima de câncer, a atriz holandesa Sylvia Kristel, que se tornou musa do cinema e da liberação sexual nos anos 70, quando aos 22 anos protagonizou aquele que seria lembrado como um dos filmes mais sensuais de todos os tempos e um dos maiores clássicos dos filmes eróticos “Emmanuelle” (1974).
Em julho passado, a atriz sofreu um AVC e nos últimos tempos, vinha se submetendo a um tratamento contra um câncer na garganta, que já havia atacado também o pulmão. Sylvia Kristel lutava contra a doença há cerca de 10 anos.Nos últimos anos, a atriz, considerada um dos maiores símbolos sexuais da história do cinema, não era vista com frequência, o que só aumentava os rumores do agravamento de seu estado de saúde.
A sensualidade e beleza de Sylvia Kristel tornaram a personagem “Emmanuelle” mundialmente conhecida.
O mito do objeto sexual teve em Emmanuelle uma de suas melhores representações.
O filme é considerado um marco na história do cinema erótico por apresentar cenas explícitas de sexo, além de mostrar outros elementos como masturbação e pompoarismo, uma milenar técnica de contração e relaxamento dos músculos circunvaginais, a fim de se obter prazer sexual. Um escândalo para a época, mas que rendeu muito dinheiro e sucesso.
Cena do filme “Emmanuelle” de 1974.
Nos anos que se seguiram ao sucesso de “Emmanuelle”, Kristel participou de mais filmes, reprisando a personagem que a consagrou. Mesmo não sendo a primeira atriz a viver o papel, Sylvia Kristel é a que mais está relacionada ao nome. Outras atrizes protagonizaram filmes de “Emmanuelle”, mas ao longo da história desses filmes, Sylvia Kristel fez inúmeras aparições, mantendo-se como a maior musa erótica do cinema.
Os filmes “Emmanuelle” estrelados por Sylvia Kristel são marcados por cenas quentes de sexo.
Nos anos 80 fez pequenas participações em diversos filmes, longe dos tempos em que era a estrela. Isso a obrigou a explorar novamente sua sensualidade e nudez na tela, em filmes como “O Amante de Lady Chatterley”, de 1981 e como a espiã Mata Hari, no filme homônimo de 1985. Participou de algumas comédias de baixo orçamento como “A Bomba que Desnuda” (1980), “Uma Professora Muito Especial” (1981) e “Uma Escola Muito Especial – Para Garotas” (1983), sempre em papeis sensuais.
Cena de “O Amante de Lady Chatterley”, com Nicholas Clay.

No filme “Uma professora muito especial”, clássico da “Sessão da Tarde”, a personagem de Kristel seduzia um jovem de 15 anos.
Uma história de fama, idolatria e quedas, como a doença que infelizmente vitimou um verdadeiro mito do cinema, uma mulher que faz parte do imaginário masculino de várias gerações, justamente por ter mostrado a beleza, delicadeza e plenitude da maior de todas as criaturas, a própria mulher.
Desde que estrelou seu primeiro filme, Sylvia Kristel tornou-se odiada por uns e amada para outros. Sua presença marcante na tela a fez um ícone do século XX e mesmo nos deixando tão jovem, jamais deixará se ser lembrada como tal.
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